I Tm 4..16; II Tm 3.14.
INTRODUÇÃO.
Doutrina –
“Conjunto de princípios que alicerçam um sistema filosófico, político,
religioso, etc.”, (Dicionário Barsa).
A nossa igreja Assembleia de Deus,
fundada no Brasil nos idos de 1911, teve o seu início fundamentado nos ensinos
da Palavra de Deus. Não somos um grupo que creem em tudo, mas ao mesmo tempo
não creem em nada; temos regras, normas, diretrizes e tudo isso com base
firmada no nosso código: a Bíblia Sagrada; seguimos uma linha doutrinária que
nos conduz ao nosso principal objetivo que é alcançar a santificação, que
segundo o escritor da Carta aos Hebreus, “sem a qual ninguém verá o Senhor”,
(Hb 12.14).
O conjunto de princípios aceito pela
Igreja Assembléia de Deus no Brasil como doutrina tem seu início no seu CREDO,
isto é, naquilo que realmente a Igreja
aceita como verdade:
I
– NO QUE REALMENTE CREMOS?
1
– Cremos em só Deus, isto é, um Deus único, conforme Dt 6.4, eterno, que
subsiste em três pessoas, que possuem os mesmos atributos e a mesma essência: o
Pai, o Filho e o Espírito Santo, Mt 28.19; II Co 13.12.
2
– Cremos no Batismo com o Espírito Santo, com evidência de línguas estranhas,
conforme At 2.4. Lembremo-nos de que, o que sempre fez a diferença entre a
Igreja Assembléia de Deus e as igrejas existentes aqui no Brasil, na época de
sua fundação foi o Batismo com o Espírito Santo e a manifestação de dons
espirituais, tais como cura divina, profecia, operação de milagres e outros,
pois, os nossos líderes podiam não ter cultura suficiente, porém tinham poder
do Espírito Santo e isto era suficiente para atrair multidões aos pés do Senhor
Jesus, como aconteceu com o apóstolo Pedro, conforme registra At 2.14-41.
3
– Cremos na evidência dos Dons Espirituais: a palavra da sabedoria, a palavra
da ciência, a fé os dons de curar, a operação de milagres, profecia,
discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas, I
Co 12.1-11.
A diferença existente entre a
verdadeira Assembléia de Deus e os movimentos que por aí existem com o nome de
pentecostais, ou igreja avivadas é que a verdadeira Assembléia de Deus, não
vive para explorar a fé do povo, mas para pregar a Cristo como Salvador da
humanidade I Co 1.21-23. Mas alguns perguntam: na Assembléia de Deus existem
milagres? Sim! Inúmeros; os crentes falam línguas estranhas? Como não, se foi a
Assembléia de Deus que, através dos missionários Gunar Vingren e Daniel Berg,
trouxe para o Brasil a mensagem do Pentecoste? Pessoas são curadas de quaisquer
enfermidades? Sim! Aqui mesmo em nossa Igreja Assembléia de Deus em Juiz de
Fora tem acontecido inúmeros milagres de cura divina. E profecias? Cremos. E
cremos de tal forma que sabemos discernir quando a palavra profética é de Deus,
ou não. É bom lembrar que existem três fontes de profecia: a) O Espírito Santo.
O profeta é movido pelo Espírito e fala inspirado por este, I Co 12.7-10. (b)
Espíritos demoníacos. O profeta torna-se um porta-voz do maligno, pois, fala
inspirado por ele, Mt 16.21-23. Quero esclarecer que ao ser usado como uma
forma profética por um espírito demoníaco, não significa que o profeta esteja
possuído por um demônio, mas que se deixou usar por ele. (c) O próprio homem, o
eu. Nesta condição, o indivíduo usa as próprias palavras mentirosas, falando como
se estivesse sendo usado por Deus, I Rs 13.11-18.
4
– Cremos na concepção virginal de Cristo, Lc 1.26-35.
5-
Cremos na morte e ressurreição de Cristo, Mt 27.50; Lc 24.1-7.
6
– Cremos na ascensão de Cristo, em sua vinda até às nuvens para arrebatar a
Igreja e seu retorno à terra para o Reino Milenial, At 1.9; I Ts 4.13-17; At
1.10, 11.
7
– Cremos no Juízo Final e na Eternidade co Deus, Ap 20.11-15; 21.1-8.
II – NOSSA DOUTRINA
Como já foi citado que doutrina é o conjunto de
princípios que alicerçam um sistema (...) religioso, quero lembrar que quando
da fundação da Igreja Assembléia de Deus, esta alicerçou o seu sistema
religioso, isto é, sua doutrina, em normas que a diferenciava da forma vivida
pelo mundo sem Cristo. O que os nossos líderes incluíram como doutrina (não
como usos e costumes, conforme têm denominado os líderes modernos da
atualidade) foi o uso de cabelos longos pela mulher, por ser considerado um
estado honroso e cabelos curtos pelo homem, por considerar desonra para o homem
ter o cabelo longo I Co 11.14, 15; traje honesto, com pudor, sem uso de
cabeleira frisada, uso exagerado de jóias e vestuário dispendioso, I Tm 2.9; I
Pe 3.1-4. Não estamos exigindo que as nossas irmãs andem por aí descabeladas,
isto é, com seus cabelos maltratados, com pontas maiores outras menores, também
não estamos dizendo que tipo de traje as nossas moças, os nossos moços, as
senhoras os senhores devem usar, mas da maneira decente em que devemos nos
trajar, a fim de não escandalizar a Igreja do Senhor, Mt 18.1-9.
NOSSA SAUDAÇÃO.
A Assembléia de Deus se caracterizava pela forma como os
seus membros saudavam-se: Paz do Senhor! Éramos criticados por isso, todavia,
não tínhamos vergonha alguma de saudar os nossos irmãos, tanto dentro como fora
de nossos templos. Hoje, a saudação Paz do Senhor está sendo substituída pelas
seguintes expressões: paz, oi, tchau, falou e outras. Precisamos voltar para as
nossas origens, observando o que diz o Senhor Jesus ao anjo da Igreja em Éfeso:
“Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te...”, Ap 2.5.
Na sua 2ª. Carta para
Timóteo o apóstolo Paulo escreve: “Palavra fiel é esta: que se morrermos com
ele, também com ele viveremos; se sofrermos,também com ele reinaremos; se o
negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel: não
pode negar-se a si mesmo”, (2.11-13). O simples fato de envergonharmos-nos de
saudar um irmão com a paz do Senhor, caracteriza a nossa vergonha de revelar
para o mundo que somos crentes e isto é uma forma de negar o Senhor Jesus, Rm 1.16,
17. Como ganharemos o mundo para Cristo se temos vergonha de ser crentes?
IV – NOSSOS CÂNTICOS.
Que tipo de
música temos cantado em nossos cultos?
Existem muitas definições de música, a mais simples é:
“Música é a arte que exprime os sentimentos por meio de sons”.
As músicas são classificadas em músicas clássicas:
Sinfonias, que são composição de vulto, exclusivamente para orquestra ou para
muitos instrumentos; música popular a que tem larga difusão entre o povo;
música folclórica que é anônima, de transmissão oral, antiga, e que constitui o
patrimônio comum do povo de uma determinada região; música profana utilizada
para cultuar o corpo em momentos de orgia; música sagrada ou religiosa cuja
finalidade é louvar o divino.
Quando da fundação da Assembléia de Deus no Brasil, já
existiam outras igrejas evangélicas que possuíam os seus hinários – Igreja
Batista, Cantor Cristão, Igreja Presbiteriana, Salmos e Hinos, outras igrejas
aqui existentes também possuías os seus hinários. Ao ser fundada a Assembléia
de Deus, esta não podia ficar alheia a este fato por essa razão editou em 1921
o seu primeiro hinário cujo nome foi ‘Cantor Pentecostal” vindo mais tarde
editar a Harpa Cristão, que hoje conta com seiscentos e quarenta cânticos,
incluindo os hinos pátrios, todos, na sua maioria, inspirados pelo Espírito
Santo.
As músicas sagradas costumamos chamar de hinos que são
poemas ou cantos líricos de invocação ou adoração que se celebra a uma
divindade, um herói, ou um acontecimento histórico. Os nossos hinos devem ser
exclusivamente para – o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Para preservar a
nossa identidade de assembleianos, não podemos por hipótese alguma abandonar o
nosso hinário oficial – Harpa Cristã, II Tm 3.14. Hoje com o aparecimento de
vários grupos ditos pentecostais, que não possuem hinários próprios, tem
surgido muitos “canções e corinhos” que mais incentivam a prosperidade material
do que louvar ao Senhor Jesus, enquanto a nossa Harpa Cristã está repleta de
hinos inspirados pelo Espírito Santo que são verdadeiros louvor ao Deus Trino,
quais podemos citar os de número 10, 35, 43, 124, 200 e tantos outros.
CONCLUSÃO.
Precisamos voltar aos primeiros anos da nossa Igreja em
que os nossos cultos não tinham teólogos eminentes, nem pregadores eruditos que
podia fazer discursos e sermões belos, recheados por um português clássico,
entretanto, eram cultos cuja presença do Espírito Santo era notória, isto é,
conhecida por todos e eram cheios de glórias, aleluias, línguas estranhas,
cânticos espirituais e testemunhos. Cultos onde os nossos cânticos eram em sua
maioria, hinos de nossa Harpa o que representava um verdadeiro louvor.
Encerro citando mais uma vez Paulo em sua segunda carta a
Timóteo 3.14 que diz: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que
foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido”.
Que o Senhor Jesus nos abençoe.
Amem!
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