A ÚLTIMA HORA I João 2.18

“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anti-cristo, também agora muitos se têm feito anti-cristos; por onde conhecemos que é já a última hora”.
INTRODUÇÃO.
 
“É já a última hora”. A expressão parece dizer-nos que estamos chegando nos últimos momentos da nossa estada aqui nesse mundo. Tal aviso procura despertar-nos para novas posições, face à nossa responsabilidade, para com Deus e Sua causa aqui na terra. O Senhor Jesus “nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas” (II Pedro 1.4) e, espera que cada um de nós honre a posição sobre a qual Ele nos tem colocado (Ef 1.3).
Para que façamos a perfeita vontade de Deus, a fim de não sermos apanhados de surpresa pela última hora, devemos dar alguns passos importantes na nossa carreira cristã.
Vejamos:
I – REFELETIR.
Refletir é pensar moderadamente, meditar, etc. Por isso é hora de reflexão. Mas em que deve constituir-se a nossa reflexão?
  • 1 – Nossa reflexão, em primeiro lugar, deve ser sobre nós mesmos.
Devemos olhar para dentro de nós e formularmos as seguintes perguntas: Como vai a minha vida espiritual? Sou hoje mais ou menos crente do que era ontem? Se já não estamos pelo menos no mesmo patamar do que éramos ontem, isto é, se a nossa fé decresceu e, já não existe mais aquela alegria de outrora, quando sentíamos prazer de estarmos nos cultos, de testificar das grandes bênçãos recebidas, das vitórias alcançadas, de louvar ao Senhor, precisamos enquadrarmo-nos na mensagem ao anjo da Igreja em Éfeso: “lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras” Ap 2.5.
A vida espiritual deve ser uma vida de crescimento, nunca de decréscimo ou de inércia, mas de motivação e avivamento. Todo crente precisa ser renovado a cada dia, nunca se conformar com aquilo que é; ser um crente quente e não morno com o anjo da igreja em Laodicéia Ap 3.15.
  • 2 – Nossa reflexão, em segundo lugar, deve ser em tudo quanto temos feito, relacionado à obra do Senhor.
O crescimento da obra do Senhor Jesus aqui na terra depende de nós. A nós foi entregue a incumbência de anunciar a salvação ao mundo inteiro Mc 16.15. Para conquistar as almas, todavia, precisamos:
    • 2.1 – Evangelizá-las. Paulo na carta aos Romanos 10.14 diz: “como ouvirão se não há quem pregue?”. É necessário, pois, que partamos em busca das almas que ainda estão como ovelhas que ainda não têm pastor, a fim de agregá-las ao aprisco do Senhor Jesus, João 10.16.
    • 2.2 – Orando em favor da causa de Deus. A oração é a melhor arma que temos contra as ciladas de Satanás, que de tudo faz para enfraquecer e paralisar a obra do Senhor.
    • 2.3 – Dar bom testemunho. Esta é uma das coisas mais importantes, pois a obra do Senhor tem sofrido muito pelos maus testemunhos que são dados por aqueles que não têm compromisso com a causa de Deus. Vejamos o conselho do Senhor Jesus em Mt 5. 13-16.

  • 3 – Nossa reflexão, em terceiro lugar deve ser sobre os benefícios alcançados imerecidamente da parte de Deus.
    O Estribilho do Hino de número 329 do Hinário Cantor Cristão diz: “Conta as bênçãos, conta quantas são recebidas da divina mão; uma a uma, dizi-as de uma vez, hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez”.
Poderíamos citar inúmeros textos bíblicos, mas citaremos, apenas, para não sermos cansativos, João 3.16 e Tito 2.11-14 e deixaremos a seu critério a leitura para que você possa meditar nos benefícios recebidos.

II UNIÃO.

União é ato ou efeito de unir ou unir-se. Associação ou combinação de diferentes elementos de modo que formem um todo, etc. Unir é tornar um.
  • 1 – É hora de vivermos unidos, conforme o salmo 133 (NVI):
“Como é bom e agradável quando os irmãos convivam em união!” (v.1). Isso é o mesmo que dizer que devemos ter o mesmo sentimento, o mesmo amor, a mesma fé, a mesma esperança, Fl 2.1-3.
“É como o óleo precioso” (v.2). O Óleo aqui, simboliza o Espírito santo no Sacerdote, para ministrar o Santo Ofício do Sacrifício. Cada crente é um sacerdote, que oferece um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”, e para isso necessita estar revestido do poder do Espírito Santo, Rm 12.1; I Pe 2.9; Ef 5.18.
Havendo união “o Senhor concede a bênção da vida para sempre” (v.3). Era assim que viva a Igreja Primitiva. “Perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” Atos 2.42.

  • 2 – É hora de uma comunhão mais restrita com Deus.

Para se ter uma vida de comunhão com Deus, a chave principal é a oração. É orando que o crente recebe o Batismo com o Espírito Santo, Lc 10.9-12. É através da oração que Deus dá a mensagem ao pr4egador, Ef 6.18, 19. É através da oração que recebemos a solução dos nossos problemas Mt 7.7, 8.
Deus está com os ouvidos abertos àqueles que oram II Cr 7.14, 15; 30.27.
O crente que vive em comunhão com Deus tem poder sobre todos os obstáculos e até sobre o inimigo de nossas almas Mc 9.29; Fl 4.13; João 15.7.
3 – É hora de comunhão entre os irmãos.
Há irmãos que dizem que estão em comunhão com Deus e com a igreja, mas no templo não se senta junto a determinado irmão porque não gosta dele. Isso é pecado I João 2.9-; 4.7, 8. A pessoa que assim procede precisa converter-se outra vez e pedir perdão àquele de quem diz não gostar.

III – CONFISSÃO.

Confissão é a revelação da própria culpa. É a conseqüência do arrependimento. A confissão e o arrependimento envolvem duas coisas:
  • 1 – A confissão da culpa.
A confissão da culpa deve ser acompanhada do pedido de perdão, que deve ser feito a Deus, confessando-lhe as ofensas, Sl 32.1-6; Mt 6.12 e àquela pessoa a quem ofendemos Mt 5.23-25.
  • 2 – O que confessa deve ser perdoado pelo ofendido.
O perdão deve ser sem limite, Mq 7.18, 19: Hb 10.17. Isto significa dizer que aquele que perdoa deve esquecer completamente o passado Mt 18.23-35. Mc 11.25, 26.
  • 3 – O perdão deve ser recíproco.
Quem perdoa deve também perdoar Ef 4.32; Cl 3.13.

CONCLUSÃO

A mensagem Senhor Jesus tem dado para nós é que não podemos deixar-nos apanhar de surpresa. Jesus está voltando, a última hora está chegando por isso precisamos fazer um exame em nossa vida espiritual, vivendo em uma perfeita comunhão com Deus e com a Igreja e se estamos prontos a confessar as nossas culpas e perdoar àqueles que nos tem ofendido.

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