EXTINGUINDO O ESPÍRITO I Ts 5.12-28


INTRODUÇÃO.

A glória da Igreja está em haver nela a presença do Espírito Santo de Deus. Um culto sem a presença do Espírito Santo é um culto vazio, pois, é o Espírito Santo que move a adoração, I Co 12.3.
Quando o Espírito Santo se afasta do ambiente de adoração o povo volta-se para um novo tipo de cerimônia em que dá ênfase aos desejos da carne e, conseqüentemente, começa a inventar formas diferentes de “culto” que atraia a atenção do público terreno. Mostra-se, porém, com isso que ao invés de o indivíduo sentir gozo no espírito, sente apenas uma alegria passageira na carne, isto é na alma, que se extingue tão logo termine aquele momento de euforia.
No texto lido, quero destacar o versículo 19, que diz: “Não extingais o Espírito”.
Sobre este assunto desejo traçar algumas considerações. Vejamos:

I – NÃO EXTINGUIR O ESPÍRITO.

A primeira coisa que precisamos saber é o que é extinguir.
Este vocábulo vem do latim extinguëre e significa:

1 – Apagar (o fogo)
Um dos símbolos do Espírito Santo é o fogo. Quando os discípulos foram batizados com o Espírito Santo, “foram vistas por eles línguas repartidas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles”. A conseqüência foi que “todos foram cheios do Espírito Santo” At 2.3,4.
Assim como o fogo, no altar do Tabernáculo no deserto, deveria arder continuamente (Lv 6.13), assim também, o fogo do Espírito deverá continuar aceso na Igreja.
Não podemos nos conformar com um culto de aparências em que para animá-lo tenhamos que trazer cantores e pregadores de fora como se o culto fosse um espetáculo feito por um ator e os crentes simples assistentes. Pelo contrário, cada crente deve vir preparado para prestar o seu culto a Deus, independentemente de quem seja o pregado, e se há ou não cantores especiais.

2 – Fazer desaparecer.
Desaparecer e “deixar de ser visto”. Será que já paramos para meditar em alguém dizendo: “Não vejo mais a operação do Espírito Santo naquela Igreja?” Que o Senhor Jesus tenha misericórdia de nós, a fim de que isto jamais venha acontecer conosco.
Uma Igreja sem a presença do Espírito Santo fica semelhante à Igreja de Laodicéia, cujas características eram: (a) morna; (b) de nada tinha falta; (c) cega, pobre, nua. Era uma igreja que não tinha zelo com as coisas do Espírito. Precisava, pois, arrepender-se para alcançar, isto é, ter de volta o seu estado primitivo e ter em si a atuação do Espírito Santo, Ap 3.14-22.

3 – Aniquilar, destruir, exterminar.

A palavra aniquilar é reduzir a nada. Analisando minuciosamente o significado da palavra extinguir, e vendo que ela significa reduzir a nada, concluímos que, no final a extinção do Espírito Santo torna-se um pecado, porque estamos reduzindo o Espírito Santo a nada. Ele que é o nosso consolador e que veio para ficar conosco para sempre João 14.16.

II – COMO SE EXTINGUE O ESPÍRITO?

1 – Substituindo-o através dos impulsos da carne.

Na carta aos Romanos Paulo faz a seguinte advertência: “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (8.1).
O que Paulo está querendo dizer é que quem tem que determinar a nossa forma de adorar é nosso espírito.
Antes de explicar esse assunto de adoração no espírito, quero lembrar que nós os humanos somos formados de espírito, alma e corpo, os quais devem ser preservados irrepreensíveis para a vinda do Senhor I Ts 5.23. O nosso corpo é apenas um invólucro do espírito e da alma. A alma é a parte do ser humano, que se comunica com o meio exterior, e transmite os nossos desejos terrenos, isto é, sente fome, sede, fala, leva o corpo a se ajoelhar, a deitar, sentar, levantar, andar, etc.; enquanto que o espírito se encarrega da adoração por desejar as coisas celestiais Cl 3.1-3. Internamente, há uma luta entre o espírito e a alma. Se nessa luta o espírito for vencedor, a alma será subjugada e cumprirá as determinações do espírito, Lc 1.46,47; se acontecer o contrário, isto é, se a alma for vencedora, esta subjugará o espírito, aí a coisa muda, pois o espírito fica refém da alma e nós fazemos tudo que não queremos Rm 7.15-25.
Retornando ao assunto da substituição do Espírito Santo pelos impulsos da carne, eu estou dizendo que quando a minha carne determina a minha forma de adorar, eu não só subjugo o meu espírito a adoração que a carne deseja, como substituo o Espírito Santo, através dos impulsos da alma (carne). A alegria, que deveria sair de dentro para fora através da manifestação do Espírito Santo, é substituída pelos desejos carnais, isto é, danças, palmas e outras manifestações que alegram a carne e não o espírito.

2 – Entristecendo-o (Ef 4.30).

Como se pode entristecer o Espírito Santo? Existem várias formas de isso acontecer na igreja.

2.1 – Murmurando.
Murmurar é “1. Emitir (som , tênue). 2. Dizer em voz baixa. 3. Repreender em voz baixa, discretamente. 4. Segredar. 5. Maldizer, criticar. 6. Conversar, difamando ou desacreditando. 7. Sussurrar. 8. Lastimar-se em voz baixa; resmungar. 9. Dizer mal de alguém; conceber mau juízo”.
O murmurador nunca está satisfeito com nada. Fala mal de todo mundo; dele não escapa nem o pastor nem o presbítero, nem o diácono, nem nenhum membro da Igreja. Para ele tudo está errado.
O conselho de Paulo é não murmurar I Co 10.10. O que murmura entristece ao Espírito Santo.
2.2 – Desobedecendo ( I Sm 15.22, 23).
A desobediência na igreja tem sido o seu grande problema, porque o desobediente além de pecar como está explícito no versículo lido, ainda dá margem para o murmurador falar mal dele e conseqüentemente pecar juntamente com o desobediente.
2.3 – A desonestidade.
Pessoas há que não se preocupam com isso. São desonestas fora e dentro da igreja. Tomam por empréstimo e não pagam, não contribuem, mentem para os irmão. Estas pessoas precisam se enquadrar em Ef 5.1-5.
Eu poderia citar muitas outras coisas que entristece ao Espírito Santo, mas acho que essas são suficientes. É bom termos muito cuidado, para não sermos co-particpantes daqueles que contribuem para extinguir o Espírito Santo.

III – O QUE FAZER PARA MANTER VIVA A CHAMA DO ESPÍRITO SANTO?

O pastor Venâncio R. Santos em seu livro Pecados Contra o Espírito Santo cita Paulo em Rm 12.11: “Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no Espírito, servindo ao Senhor”; e, ainda continua com a seguinte explicação: “Fervoroso está relacionado com ferver; e para ferver é preciso que haja fogo e água. Nestas asseverações, temos em mãos três elementos que são: o vaso, a água e o fogo. Para que a água ferva é necessário está dentro do vaso e este ao fogo”.
Nós somos o vaso, a Palavra de Deus é a água que deverá estar dentro do vaso e o Espírito Santo é o fogo que nos aquecerá e assim seremos fervorosos.
Há três coisas que são as responsáveis pela presença do Espírito Santo na Igreja:

1 – Oração.
O crente que não ora não tem poder, se não tem poder é um crente medroso e dificilmente resistirá aos ataques do inimigo. Paulo diz que temos de orar em todo tempo, Ef 6.18.

2 – Estudo da Palavra de Deus.

O crente que não estuda a Palavra de Deus é um crente frágil. No primeiro ataque do inimigo ele cai. A recomendação de Paulo é tomar “a Espada do Espírito que é a Palavra de Deus”, Ef 6.17.

3 – Comunhão.

O crente precisa estar em comunhão com os seus irmãos, mas para isso é necessário está na luz como o Senhor Jesus está, I João 1.7; Fl 2.1-5.
Mantendo estas três coisas estaremos preparados para a batalha contra o nosso grande inimigo, Satanás. Paulo diz que “não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” Ef 6.10-13.

CONCLUSÃO.

Se as nossas reuniões não são fervorosas, ninguém culpe o pastor, o presbítero, o diácono, ou qualquer membro da Igreja. Culpe-se a si mesmo e faça o propósito de ter uma vida bem mais consagrada, mais dedicada, mais zelosa com o Senhor. A Carta aos Hebreus diz: “Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor” (12.14).
Manter viva a chama do Espírito Santo na Igreja é responsabilidade de cada um de nós, porque cada um de nós é a Igreja.
Que o Senhor Jesus nos abençoe!
Amém!

FAZER MISSÕES

I – O QUE É FAZER MISSÕES
Antes de falarmos sobre o que é fazer missões, precisamos falar um pouco sobre o que não é fazer missões, para isto escolhemos pelo menos quatro características que demonstram o que não é fazer missões. Vejamos:
1 – Fazer missões não é sair do país de nascimento para exterior, sem uma chamada específica, tão pouco sem vocação para evangelizar e liderar pessoas:
2 – Fazer missões não é deixar o país de nascimento, e para o exterior, a fim de aprender um novo idioma;
3 – Fazer missões não é antecipar-se à convocação do líder e partir para o exterior esperando que um grupo de apoio lhe mande o salário mensal em dólares;
4 – Fazer missões não é sair de seu país para tentar implantar uma igreja no estrangeiro para ter o orgulho de quando chegar a seu país de origem se denominado missionário, como se o título tivesse algum valor para salvar almas.
Se fazer missões não é nenhuma das razões acima citadas, o que é, então, fazer missões?
Conta-se que certa irmã em um belo dia procurou seu pastor e apresentou-se para ser enviada ao campo missionário. O pastor então lhe perguntou: irmã seus pais, seus irmãos, seus vizinhos, já são todos crentes? Ao que ela respondeu: não, senhor. Minha irmã, disse-lhe o pastor, comece evangelizando seus pais, seus irmãos, seus vizinhos e outros, ganhe-os para Cristo e com isso a irmã está fazendo missões, pois está cumprindo o “ide” do Senhor Jesus.
Diante do exposto acima, fazer missões não é nada mais, nada menos do que evangelizar os povos: sejam os da nossa cidade, do nosso estado, do nosso país e é claro, no exterior. Dessa forma estamos cumprindo o que o Senhor Jesus falou no Livro dos Atos dos Apóstolos 1.8 que diz: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”.

PEDIR E RECEBER

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” Mt 7.7.

O texto lido tem uma afirmação importante: peça que você recebe.
Meus irmãos, a experiência mostra-nos que aqueles são exatamente os mais recebem.
Podemos classificar os pedidos do texto lido, em três classes:

I – PEDIDOS SEM SABEDORIA.

Tiago diz: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal” (Tg 4.3). Estes são pedidos inoportunos. Deus até pode atendê-los, porém contra a sua vontade.
Quando morava em Goiânia conheci um irmão que era diácono da Igreja. Esse diácono era separado da esposa e tinha a maior vontade de casar-se uma segunda vez, mas, na época não havia o divórcio na lei brasileira. Em virtude disso, o referido irmão orava diariamente para que o Senhor tirasse a vida de sua esposa a fim de que ele pudesse casar. Claro que Deus não iria atender tamanha tolice. Esse é o tipo de oração sem sabedoria.

II – PEDIDOS FORA DA VONTADE DE DEUS.

Às vezes Deus toma decisão na nossa vida, nós, porém, achamos que está errado e por isso resolvemos mudar. Deus não erra. As suas decisões são sábias. Ele é soberano, conhece o nosso passado, nosso presente e nosso futuro. É presciente, isto é, sabe o que vai acontecer a no futuro, dez a quinze anos ou mais.
Há alguns anos atrás, aconteceu no Estado do Amazonas um fato muito interessante: Determinado irmão, obreiro, perdeu a esposa, isto é, a esposa faleceu. Como o acontecido foi no começo da noite, referido irmão resolveu que não iria anunciar o acontecido, porque iria pedir a Deus para que ressuscitasse a sua esposa, e assim o fez. Orou durante toda a noite. Quase ao amanhecer o Senhor atendeu o seu pedido tornando a vida àquela senhora. Pois, bem, passados alguns anos aquela mulher desviou-se dos caminhos do Senhor, caiu em adultério, abandonou o esposo que em conseqüência veio a perder o ministério.
Tomemos como exemplo o apóstolo Paulo, que lhe foi dado um espinho na carne, pelo qual orou três vezes, mas como a resposta não foi favorável ao seu pedido, aceito de bom grado a solução que o Senhor lhe deu.

III – PEDIDOS SEM FÉ.

A carta aos Hebreus diz que: “Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam” (11.1). Baseado nessa premissa, precisamos exercitara a fé quando oramos. Tiago, falando com relação ao pedido de sabedoria a Deus, diz: “Peça-a, porém, com fé, não duvidando” (1.6).
Deus está sempre disposto a atender as nossas orações. Na verdade o que precisamos é saber que precisamos ter a certeza de que Deus irá atender o nosso pedido e também ter objetivo naquilo que vamos pedir, a fim de que não fiquemos divagando sem rumo como alguém que não sabe aonde quer chegar.
Pedido sem fé, diz Tiago, que “é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento de uma para outra parte” (1.6). Portanto se você não tem fé suficiente para receber aquilo que está necessitando, o melhor é não pedir, pois, fique certo de que o Senhor não vai atender absolutamente.
O pedido com fé tem que ser semelhante àquele de centurião, que está inserido em Mateus 8.5-13. O texto diz que o centurião, procurou o senhor Jesus quando este entrou em Cafarnaum e, informou-lhe sobre a enfermidade de seu criado. O Senhor, prontamente disse-lhe que ia e daria saúde ao enfermo, o que levou o centurião a dizer-lhe: “Senhor, não sou digno de que entreis debaixo de meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará”; e prosseguiu: “Pois, também sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz”. Isto levou o Senhor Jesus a admirar-se e dizer: “nem mesmo em Israel encontrei tanta fé”, e falar para o centurião: “Vai, e como creste te seja feito”.
É assim que Deus age, atende conforme a nossa fé.
Que o Senhor Jesus nos abençoe.

A UNIDADE DA IGREJA - Fl 2.1-11

INTRODUÇÃO.

O mundo vive ultimamente, como sempre viveu, em completa discórdia. Isso leva-nos a concluir que está cumprindo-se a palavras do Senhor, escritas no Evangelho segundo escreveu Mateus no capítulo 24.7: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino...”. Na verdade tudo isto é um prenúncio do cumprimento da promessa do Senhor Jesus de que voltaria para levar os salvos consigo. Em meio tanta confusão, tanta discórdia, tanto desentendimento, tanta contenda entre os povos, surge um povo, que eu diria especial, a Igreja. Essa Igreja precisa ser o exemplo, pois, no dizer do apóstolo Paulo, o povo foi unificado pelo Senhor Jesus, que derribou a barreira da separação existente entre judeus e gentios, formando um só povo. Sobre a unidade da Igreja é desejo traçar algumas considerações.

I – SÓ HAVERÁ UNIDADE NA IGREJA, QUANDO OS PRÓSITOS DE TODOS FOREM OS MESMOS.

O que é propósito? Segundo o dicionário da Barsa, propósito é, 1) Intenção, intento. 2) Resolução, deliberação, decisão. 3) Bom senso, juízo, prudência. Intenção é o próprio fim a que se visa. Quando se diz que proposto é o próprio fim a que se visa, está se dizendo que quando há unidade, todos estão indo na mesma direção visando o mesmo objetivo. Os versículos 1 e 2 do texto lido, fazem referência a isso. Vejam “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixão, completai o meu gozo para que sintais o mesmo”. O mesmo o que? O mesmo gozo. “Tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa”.
A Igreja nunca cumprirá o seu propósito, enquanto tiver no seu seio, pessoas que só sabem observar os erros dos demais; nunca ver nos outros algo positivo; só enxergam os deslizes, as falhas; nunca olham para as boas coisas praticadas pelos companheiros. Estas pessoas esquecem que todos os homens são falhos. João na sua primeira carta 1.8, diz “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. A grande vantagem que temos é que temos “um grande sumo sacerdote sobre a casa de Deus”, Hb 10 21, e este grande sumo sacerdote, nos garante o perdão, 1ª. João 1.9.
Se todos os crentes trabalharem com o mesmo propósito, a igreja tomará outra posição. O principal propósito que a Igreja precisa colocar como prioridade é a salvação do mundo. Acontece, porém, que existem muitos crentes que ao invés de ajudar na fé aqueles mais fracos, agem de forma tão estranha que ao invés de fortalecer o fraco, contribuem para que ele deixe a Igreja. No texto lido Paulo fala que “se há alguma consolação de amor”. O que é consolação? É conforto, alívio, lenitivo.
Ter o mesmo propósito é isto: Trabalhar em prol do crescimento do Reino de Deus na terra. Lutar para construir e não para destruir.

II – SÓ HAVERÁ UNIDADE NA IGREJA QUANDO TODOS OS CRENTES AMAREM-SE MUTUAMENTE.

O texto lido diz: “tendo o mesmo amor” (v. 2). O que Paulo está cobrando aqui é o equilíbrio no amor. “Não eu amo Fulano porque ele tem mais dinheiro e é um ‘mão aberta’”, ou eu abraço Beltrano porque ele é mais bonito, ou eu cumprimento Siclano, porque ele é mais alegre. Não. O amor tem que ser igual para com todos, Mt 22.39.
Uma igreja onde os crentes vivem de mexericos (mexerico é bisbilhotice, enredo, intriga), de diz que me disse, caluniando, falando mal, não é uma igreja que tenha unidade. No texto está escrito: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”. (v. 3).
Não. Eu vou mostrar para o pastor que sou melhor que aquele cara, que faço melhor; que canto melhor; que prego melhor. Não é isso que o Senhor Jesus quer. Pelo contrário, Ele quer que amemos uns ao outro, João 13.34.
O salmo 133.1 é muito claro: “Oh! Como é bom, como é agradável viverem unido os irmãos”! “Ali o Senhor ordena a sua bênção”.
Precisamos viver uma vida de amor, de respeito pelos direitos dos demais. A Igreja precisa crescer, horizontal e verticalmente. Horizontalmente ela cresce quando eu e você agimos com amor não só entre os irmãos, mas para com os perdidos, buscando-os, e dando exemplo de humildade que é esta a recomendação do apóstolo; verticalmente quando busca através da oração e estudo da Palavra de Deus, uma vida de santidade e de união entre os irmãos.

III – SÓ HAVERA UNIDADE NA IGREJA QUANDO OS CRENTES IMITAREM O SENHOR JESUS. (v. 5-8).

Como imitar o Senhor Jesus?

1 – Na humildade, v. 6. “Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus”.
O texto se desenvolve de forma extraordinária, fala que Cristo aniquilou-se (aniquilar é reduzir a nada; anular. Destruir, matar. Deprimir, prostrar. E privar das condições de existência. É abater-se, humilhar-se) a si mesmo tomando a forma de servo (do grego doulos, palavra usada como substantivo indicando frequentemente sujeição sem a idéia de escravidão. A palavra é também usada metaforicamente como condições espirituais morais e éticas: servo de Deus, aí vem a aplicação de Paulo em relação ao Senhor Jesus “tomando a forma de servo” sendo ele (Jesus) o exemplo perfeito do servo de Deus), “fazendo-se semelhante mãos homens”.

2 – Na obediência (v. 8) “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz”.
Como pode uma igreja ser unida se os crentes são desobedientes? A obediência é uma forma de união: União no lar, filhos obedientes aos pais; união no trabalho empregado obedientes ao patrão ou ao líder; união na igreja, obediência ao pastor e demais líderes, tais como regentes de orquestras. de conjuntos vocais, líderes de mocidade, etc. Havendo obediência haverá união, logo, manter-se-á a unidade da Igreja.
A carta aos hebreus nos dá o maior exemplo de Cristo, Hb 10.7-10.

CONCLUSÃO.

A Igreja tem que ser diferente do mundo em tudo: no seu viver, no seu serviço, na sua santificação, na sua esperança e também na sua unidade.
O mundo está dividido, as nações se separam entre si, há lutas internas nos países, pois, o homem sem Deus disputa as posições altas da política, da profissão. Há até no meio evangélico aqueles que estão disputando as mais altas posições. São crentes que já compraram o seu céuzinho aqui e não lembram mais que foram chamados para ter direito a uma morada celeste. É exatamente por causa desse esquecimento que as pessoas disputam as melhores posições, sem importar-se de ofender esta ou aquela pessoa e, então com tal posição ao invés de contribuir para o crescimento da igreja contribui para ao desânimo e queda espiritual de muitos crentes.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós.
Juiz de Fora, 2010.
Samuel Lopes da Silva.