INTRODUÇÃO.
Os versículos 2 a 7 do texto envolvem a estória de um homem que se
encontrava à beira do Tanque de Betesda, enfermo há trinta e oito anos, mas que
mantinha a esperança de um dia ser curado de sua enfermidade, para isso
aguardava uma oportunidade, ou melhor, dizendo, aguardava a ajuda de alguém. A
história destaca esse homem, porque houve uma intervenção em sua vida, por
parte do Senhor Jesus.
Vejamos os fatos.
I – O TANQUE (v. 2).
O tanque denominava-se Betesda, cujo
significado é Casa de Misericórdia. Segundo a Bíblia esse tanque localizava-se
dentro dos muros de Jerusalém e era vizinho da Porta das Ovelhas, (v.2). A
tradição assinala a existência de Betesda ao norte do Templo. Acredita-se que o
tanque ficava a noroeste da Igreja de Santana, pois, no outono de 1888
fizeram-se escavações a uns 34 metros da Igreja e ali descobriram um tanque com cinco
alpendres, que pode ser o tanque de Betesda.
O tanque nos dias atuais pode
representar a Igreja do Senhor Jesus, pois, ele continha água que curava a
enfermidade da primeira pessoa que por um acaso nele mergulhasse após o
movimento de suas águas. Um simbolismo perfeito da Igreja do Senhor Jesus que
contém água viva – a Palavra de Deus – que cura toda sorte de enfermidade,
tanto do corpo como da alma, João 4.14.
II – OS ALPEDRES DO TANQUE (v. 2).
O texto nos informa que o tanque
possuía cinco alpendres e com toda a certeza esses alpendres ficavam em torno
dele, isto é ao derredor do tanque. Não temos aqui elemento adequado para
mostrar de que forma eram localizados tais alpendres, mas podemos deduzir que
todos eles davam entrada para o tanque.
Conforme já me referi anteriormente,
o tanque é uma boa representação da Igreja do Senhor Jesus. Nesse caso podemos
representar os alpendres como os cinco continentes em que a terra se acha
dividida: África, América, Ásia, Europa e Oceania. Assim como o tanque ficava
entre os cinco alpendres que é uma perfeita representação da divisão da terra
em cinco continentes, assim também a Igreja que fica entre esses cinco
continentes, tem a função semelhante a do tanque de Betesda, que é curar os
enfermos dos males do pecado, tanto físicos como espirituais, pois, a Igreja
contém o antídoto contra o veneno da antiga Serpente – o Diabo.
III – A MULTIDÃO (V. 3).
“Nestes jazia grande multidão de
enfermos”
O versículo esta se referindo aos
alpendres que estavam cheios de enfermos: cegos, coxos e paralíticos, esperando
o movimento das águas (v. 3) As pessoas que se encontravam nos alpendre do
tanque eram pessoas privadas da visão. Eram pessoas que perderam o domínio
sobre as emoções. Que diremos das pessoas que nos dias de hoje não conhecem o
Senhor Jesus? Pessoas que não enxergam as bênçãos da salvação em Cristo Jesus e que desconhecem a existência da futura morada
daqueles que aceitam o Senhor Jesus como Salvador?
Havia também pessoas que eram coxas,
isto é, mancas, pois, faltava-lhes parte do corpo. E, quantos não se encontram
por aí assim? O pecado já lhe corroeu parte do corpo, e como uma lepra, parte
da alma. O homem que vive envolvido com o pecado tem, não só o corpo, como
também a mente corroída. Diz Paulo que “o fim é a perdição; o Deus é o ventre;
e a glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas”, Fl 3.19.
Existiam, ainda, pessoas
paralíticas, isto é, que haviam perdido a função motora em parte do corpo, isto
é, tinham parte do corpo adormecida. Quantos por aí existem que a mente está
cauterizada, que é o mesmo que destruída; já não conseguem sentir qualquer
emoção por erros cometidos: matam sem causa, roubam, destroem vidas e famílias.
Fazem todas estas coisas como se nada estivesse acontecendo, pois, perderam a
função motora da mente. São verdadeiros paralíticos.
Hoje, nos continentes, nada é diferente.
Há uma grande multidão a espera do movimento das águas na Igreja. São pessoas
cujos problemas são os mesmos. Uns cegos, outros coxos, outros paralíticos.
Vejamos as palavras de Paulo:
Mas que diz?
A palavra está junto de ti, no teu coração; esta é a palavra da fé que
pregamos, A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o
coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido Porquanto
não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico
para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo.
Como,
pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não
ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? Rm 10.8-14.
Prestemos atenção, agora no
versículo sete: “Senhor não tenho homem algum, que quando a água é agitada me
ponha no tanque”.
Aqui, meus irmãos é que eu peço que
paremos um pouco e perguntemos a nós mesmos: O que temos feito? Será que vamos
deixar que o pecador diga para o Senhor Jesus a mesma coisa que aquele enfermo
falou? “Ninguém me ajuda a ficar curado”
CO0NCLUSÃO.
Desejo concluir essa mensagem com o
hino 447 do Cantor Cristão, Hinário das Igrejas Batistas.
NUNCA OUVI DE CRISTO
1
Não te importa se algum dos amigos
morrer
Sem ter conhecimento de Cristo?
Deixas que no juízo ele venha a dizer:
“A mim nunca falaram de Cristo?”
2
Não te importas que as almas preciosas
a Deus,
Oh! Não sejam levadas a Cristo?
Pois, dirão quando Cristo vier ou
talvez:
“A nós nunca falaram de Cristo!”
3
Não te importas se entrares sem jóias
no céu
Por não teres trazido almas a Cristo?
Oh! Não venhas tu ser acusado de réu
Por não teres falado de Cristo”
4
Não te cales jamais, pede a Deus graça
irmão,
Para dar testemunho de Cristo;
Pra ninguém no juízo exclamar com razão:
“A mim nunca falaram de Cristo”!
Coro
Não me falaram de Cristo!
Não me falaram de Cristo!
Tantos vi que salvou,
Mas ninguém se importou
De falar-me da graça de Cristo!