VIDAS SEM TEMOR A DEUS.

 Judas versículo 11


INTRODUÇÃO

            Este pequeno versículo que escolhi para falar dele hoje apresenta três personagens que tiveram destaque nas Sagradas Escrituras, mas que os seus exemplos nunca devem ser seguidos por ninguém. Parece-nos desnecessário falar de personagens que tiveram exemplos tão negativos, todavia, a Bíblia nos diz que: “Tudo isto lhe sobreveio como figura e estão escritas para aviso nosso”. (I Co 10.11). Quero, pois, traçar algumas considerações sobre o caminho de Caim, o engano do prêmio de Balaão e a contradição de Core, destacando a vida de cada um deles. Vejamos.

I – O CAMINHO DE CAIM (Gn 4.1-11).

            O nome Caim tem significação desconhecida: talvez ferreiro ou aquisição. Foi o primeiro filho de Adão e Eva, Gn 4.1-11. Sua profissão lavrador. Com toda certeza foi instruído no conhecimento dos preceitos de Jeová e nas exigências para a prestação do seu culto. Mas o caminho que ele escolheu foi totalmente oposto à vontade do Senhor.

1 – Teimosia (v 3)

            A teimosia de Caim é verificada na forma como ele vai oferecer ao Senhor a sua oferta: “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor”. Não há dúvidas de que ele tenha sido orientado por seus pais de que a oferta oferecida ao Senhor deveria ser o sacrifício de um animal, pois, o derramamento de sangue representava a oferta pelo pecado e apontava para o sacrifício vicário do Senhor Jesus. Caim trouxe apenas uma oferta de gratidão, que não expressava qualquer tristeza pelo pecado. Claro que o Senhor não aceitou, porque ele não aceita culto malfeito, aceitando, porém, a oferta de Abel (Gn 4.4,5).

2 – Ira (v. 5)

            Caim irou-se única e exclusivamente porque o Senhor não aceitou a sua oferta e por isto foi repreendido pelo Senhor: “E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que decaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta e para ti será o seu desejo e sobre ele dominarás” (6,7). A ira é um sentimento que nos estimula contra quem nos ofende ou injuria. Ira é também: cólera, raiva, fúria. Esse tipo de sentimento conduz ao ódio que é rancor profundo e reservado que se sente por outrem. Ódio é também inimizada, aversão antipatia. Tudo isto Caim sentiu contra Deus, mas não poderia levantar-se contra Ele, isto é, contra Deus, por isso volta-se, então contra seu irmão de quem Deus aceitara a oferta e cria pelo irmão um profundo ódio, levando-lhe a maquinar um plano maldoso contra o irmão a fim de tirar-lhe a vida.

3 – Homicídio Doloso (v. 8)

            Doloso é aquilo que é feito premeditadamente. Caim planejou a morte de seu irmão e o fez. Simplesmente o matou para se vingar do Senhor, pois, o irmão não tinha qualquer culpa de o Senhor não haver aceitado a sua oferta.
            Diz o salmo 42.7: “Um abismo chama outro abismo”. Tiago diz: “Ninguém sendo tentado diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado consumado gera a morte” (1.13-15). Caim não tinha mais remorsos, agora era um desviado, podia fazer o que bem quisesse.

            Há muita gente por aí que se desvia dos caminhos do Senhor e como que para afrontar a Igreja vem para cá de qualquer maneira. Usam trajes indecentes, xortinhos, vestidos ultra-decotados, saias por demais curtas, numa verdadeira afronta, não simplesmente aos crentes, mas especialmente ao Senhor e ao seu Espírito Santo. O pior de tudo é que estas pessoas muitas vezes são filhas de crentes que estavam na igreja, não porque se houvessem convertidas, mas porque se sentiam obrigadas pelos pais. Aqui em nossa igreja houve um pastor que sem qualquer necessidade transferiu-se de igreja para uma destas que o indivíduo pode andar vestido de qualquer maneira, logo depois este pastor passava por aqui na frente da igreja vestido de bermuda e usando cavanhaque.

            O nosso culto deve ser feito pela fé em reverência e adoração ao Senhor nosso Deus, A Bíblia diz que “tudo que não é por fé é pecado”, Rm 14.23. Há pessoas que vêm para o templo única e exclusivamente para serem vistas. Não têm a menor reverência, nem respeito diante de Deus, nem de sua palavra. Este tipo de culto é semelhante à oferta de Caim, oferta sem proveito. O nosso culto deve ser um culto agradável a Deus, conforme Paulo recomenda-nos na carta aos Romanos para apresentarmos os nossos “corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o culto racional” Rm 12.1. Nunca devemos vir ao templo para andarmos com brincadeiras e chocarrices, tão pouco para tratarmos de negócios, ou fazer fofocas. O nosso culto deve seguir a seguinte liturgia: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação”, I Co 14.26.

            Depois de praticar o primeiro erro que foi a teimosia, Caim parte para o segundo que foi a ira, depois de enveredar pela ira que o levou ao ódio, Caim pratica o primeiro homicídio da história da humanidade e agora, já no último estágio de sua miserável vida, Caim mente para Deus.

4 – A Mentira (v. 9)

            Deus aborrece a mentira. A Bíblia afirma que o mentiroso é filho do diabo, João 8.44. Aqueles que almejam morar na cidade celestial, não podem viver mentindo, pois a Bíblia afirma que “não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira”, Ap 21.27.

            Depois de enveredar por um tão tortuoso caminho, Caim mentiu, quando o Senhor lhe perguntou: “Onde está Abel, teu irmão”? “Não sei”, foi a sua resposta (v.9). Deus sabia, pois, Ele sabe todas as coisas; conhece os nossos pensamentos e todos os nossos caminhos, conforme registra o Salmo 139. Não adiante querer esconder dele os nossos erros. O que a sua palavra exorta é: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” I João 1.9.

            A conseqüência da obstinação de Caim foi a maldição: “E agora maldito és tu desde a terra que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão”, (v.11).

            Toda pessoa desobediente entra pelo caminho da Caim e a recompensa é a maldição.

II – O PRÊMIO DE BALAÃO

            A significação desse nome é desconhecida; talvez devorador.

            Balaão era um adivinho ou profeta. Seu pai chamava-se Beor ou Bosor, Nm 22.5; II Pe 2.15. Habitava na Mesopotâmia (Região entre o rio Eufrates e o rio Tigre).

            Balaão vivia entre os pagãos, mas cria no Deus vivo de quem tinha algum conhecimento. Tratava-se de um homem de grande inteligência e sabedoria, e tinha a fama de santidade. Era considerado um profeta, mas fazia negócios com os dons que possuía o que era comum entre as nações. Hoje tem surgido muitos profetas semelhantes a Balaão. Vivem por aí vendendo os seus dons por preços iguais aos cobrados por Balaão: oram, mas cobram caro por isso. Quando comparecerem diante do trono de Deus no Juízo Final, irão dizer: “Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” Mt 7.22,23.

            Os pecados de Balaão foram:

1 – A cobiça.

            Balaão cobiçou a recompensa prometida por Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, Nm 22.7-20. Essa cobiça o levou à ganância.

2 – Ganância.

            Ganância é ambição, usura. É aquilo que não satisfaz; é desejo de ganhar muito. O ganancioso só pensa em ficar rico e fará qualquer coisa para alcançar esse objetivo.

O verdadeiro crente não tem ganância, contenta-se com aquilo que Deus lhe deu, como diz Paulo: “Aprendi a contentar-me com o que tenho”. Não foi isso que aconteceu com Balaão: ele queria mais, e alcançou, mas não o que buscava.

3 – O Prêmio da Injustiça II Pe 2.15.

            Balaão ensinou a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e se prostituírem com as filhas dos moabitas, Nm 31.16; Ap 2.14.

            O prêmio que Balaão recebeu foi exatamente a morte, quando combatia ao lado dos midianitas, Nm 31.8.

            Deus não se deixa escarnecer, Gl 6.7.

III – A CONTRADIÇÃO DE CORÉ, Nm 16.1-50.

            Coré era um levita, isto é, pertencia à Tribo de Levi, filho de Jacó. O levita tinha o privilégio de ser um escolhido para ajudar no serviço do tabernáculo, fazia o papel do diácono e do presbítero de hoje. O principal pecado de Core foi a rebelião. A Bíblia diz que “a rebelião é como o pecado de feitiçaria” (I Sm 15.23). Coré juntou-as a Datã e Abirã, ambos da Tribo de Ruben, obtiveram a adesão de duzentos e cinqüenta líderes do povo e juntos desafiaram o sacerdócio de Arão e a autoridade de Moisés nos assuntos civis. Quanta tolice! As pessoas acham que a obra de Deus é feita com rebeldia. Puro engano. Para se pastorear uma igreja precisa-se de chamada e esta vem exclusivamente de Deus. O castigo aplicado aos líderes rebeldes foi serem sepultados vivos juntamente com suas famílias, e aos aderentes, Deus castigou-os com fogo, isto é, morreram queimados.

            Judas se refere a Core, como o tipo de líder religioso que procura usurpar a autoridade legitimamente constituída.


CONCLUSÃO

            Como disse na introdução que tudo isso lhe sobreveio como figura e estão escritas para aviso nosso, exorto a todos para que se desviem do caminho de Caim, pois, ele foi um péssimo exemplo: teimoso, iracundo, homicida e mentiroso, esqueçam o prêmio de Balaão, com ele estava a cobiça e a ganância; com isso ele conquistou o prêmio da injustiça e com ele a morte. Devemos nos afastar de Coré, pois, este rebeliou-se contra o líder espiritual e contra o líder civil e junto com outros líderes procuraram provocar uma divisão na congregação, o resultado foi serem todos castigado pelo Senhor.

            Que estes fatos aqui estudados hoje sirvam de exemplos para que não venhamos cometer os mesmos pecados.

            Que o Senhor Jesus nos abençoes.
  

Samuel Lopes da Silva.

COMO SALVAR-SE.

 Tito 2.11-14.



INTRODUÇÃO.

         Pecado é transgressão de qualquer preceito, regra, norma ou proibição. Em outras palavras pecado é transgressão da lei. Não havendo lei que defina a transgressão, não haverá pecado.
         Nós, os cristãos, temos a nossa lei que é a Bíblia Sagrada. Esta está em nossas mãos para que baseados em suas regras fujamos da prática do pecado. João em sua primeira carta universal diz que “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (3.8).
         Do texto que lemos no começo destacamos os versículos 11 e 12 os quais dizem: “Porque a graça de Deus se há manifestado trazendo salvação para todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente”. Quando o indivíduo deixa o mundo e aceita a salvação no Senhor Jesus, vem com toda a bagagem de pecado e sem conhecimento algum das coisas espirituais. Mas para que não continue na ignorância, Deus deu os ministérios – Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres – e Cristo deu dons aos homens “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. (Ef 4.11, 12). Ainda que hoje pouco se fale nos ministérios apostólico e profético, todavia acham-se em plena atividade os ministérios de Evangelista, Pastor e Mestre. Cada Igreja, portanto, tem o seu pastor que é designado por Deus e compõe juntamente com os Evangelistas e Mestres o que hoje chamamos de ministério.

I – O PASTOR DA IGREJA.

         Quais as funções do Pastor da Igreja?

1 – Apascentar o rebanho I Pe 5.2.

         Apascentar é: trazer para pastar, guardar no pasto; pastorear, doutrinar. Doutrinar é instruir em uma doutrina; ensinar.

2 – Guiar Sl 23. 3.

         Guiar é orientar, aconselhar; ensinar; encaminhar; proteger; governar; dirigir. Conhecendo e sendo orientado, o ser humano pode desviar-se do pecado. Em provérbio 22.3 está escrito que “o avisado vê o mal e esconde-se”. Essa é uma das funções do pastor, além de apascentar, guia e orienta aqueles que se agregam ao rebanho Tito 2.1-10.

3 – Conselheiro.

         Aconselhar é Dar conselhos, isto é, parecer quanto ao que alguém deve ou não deve fazer. É dar aviso advertir, é recomendar. Esta é uma função importante do pastor, para isto foi que Deus o constituiu.

II – O QUEM O PASTOR DA IGREJA NÃO É

Conhecidas estas importantes funções do pastor é necessário informar que existem funções até cobradas por alguns membros da Igreja que não dizem respeito ao chamado do pastor. Vejam o que o pastor da Igreja não é:

1 – Babá.

         O pastor da Igreja não foi chamado para carregar o crente no cola a fim de que ele não venha cair. Não! O pastor foi chamado para alimentar o crente recém-nascido, conforme diz o apóstolo Pedro em sua primeira carta 2.1-3: “Deixando, pois, toda a maldade e todo engano e fingimentos e invejas e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos recém-nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”. É com o ensino da Palavra de Deus que o pastor alimenta o crente recém-nascido, ensinando-lhe os primeiros rudimentos da doutrina.

2 – Detetive.

         O pastor não foi chamado para andar seguindo crentes pelas ruas, para saber se ele anda pecando ou não.
         A Bíblia relaciona tudo o que não devemos fazer. E por que digo não devemos ao invés de dizer não podemos? Porque o apóstolo Paulo diz: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. Se o que eu devo ou não devo fazer, está contido na Bíblia e a Bíblia é ensinada semanalmente nos cultos de ensino, logo não é necessário que se corra atrás de ninguém para dizer-lhe: você está pecando, pois nos cultos de ensino é ensinado como salvar-se.
         Há muitas pessoas que se dizem crentes, que cometem erros voluntários, isto é, fazem coisas que sabem que estão transgredindo os ensinos de sua igreja, mas fazem. E há outros que também se dizem crentes que vêem o erro do primeiro, mas ao invés de chamá-lo e aconselhá-lo conforme recomenda a Palavra de Deus (Gálatas 6.1-2), pelo contrário, saem falando mal do pastor e assim cometem dois pecados ao mesmo tempo, a) o pecado de omissão, pois, deveriam procurar o irmão faltoso e convencê-lo do seu erro, não, prefere difamar a igreja, dizendo que esta não tem doutrina. Tiago diz que: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”. b) Ofensa ao seu pastor. No primeiro livro das Crônicas 16.22 está escrito: “Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal”. Em lugar de falar mal de seu pastor ore por ele como recomenda a Palavra de Deus Hb 13.17.

III – ERROS COMUNS QUE COMETEMOS NO DIA A DIA.

         No nosso dia a dia cometemos erros voluntários que a nosso ver nada tem de errado. São pequenas coisas que vão sendo somadas e quando pensamos que não, estamos totalmente comprometidos com o pecado.

1 – Desobediência.

         Desobedecemos aos nossos pais, patrões, superiores às leis de trânsito, aos preceitos doutrinários da Igreja, aos nossos pastores às autoridades. Isso é verdade ou somos cem por cento obedientes? Não estou aqui querendo encurralar ninguém. Estou instruindo, encaminhando, ensinando. Falamos mal dos pastores e de outros irmãos, Sabe por que? Simplesmente porque achamos que falar mal das pessoas não é cometer o pecado da desobediência. A Bíblia, porém recomenda: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei; e se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz”. 
         Um dos maiores defeitos de muitos crentes é falar que a igreja não tem doutrina. O fato é que estes irmãos aprenderam erradamente o conceito de doutrina que na verdade não outro senão: Conjunto de princípios em que se baseia uma religião, um sistema político ou filosófico; erudição, norma, disciplina, instrução, modo de pensar, catequese religioso. Mas para muitos doutrinar é dizer de púlpito: irmã não use calça comprida, saia rachada, brincos, pulseiras e colares, não se pinte, pois, tudo isso é pecado e você será excluída. Estas coisas fazem parte de nossa doutrina? Sim não tenham dúvida, mas isso é assunto para o novo convertido aprender antes de se batizar. Depois do batismo, se ele optar por obedecer ou não é de sua responsabilidade. O que a Bíblia recomenda é que: “examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice”. O exame é individual. A recomendação de Paulo a Timóteo é: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (II Tm 42) e ainda: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir  para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. Essa é a obrigação do pastor: ensinar a Palavra de Deus. Aceite você isso ou não, mas quando você fala mal de seu pastor ou de qualquer crente está sendo desobediente.

2 – Pecados listados por Paulo em Romanos 1.29-31 e 13.9, 13.

         São vinte e dois os pecados listados por Paulo em Romanos 1.29-31: Iniquidade  prostituição, malícia, avareza, maldade, engano, inveja, homicídio, contenda, malignidade. Murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe, néscio  infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia, enquanto que, a lista de Rm 3.9, 13 contém mais nove: Adultério, furto, falso testemunho, cobiça, glutonaria, bebedeira, desonestidade, dissolução, isto é, perversão de costumes, devassidão.
         Agora prestem bem atenção: é simples e fácil enxergar um irmão andando de bermuda pelas ruas da cidade, ou uma irmão usando na rua brincos calça cumprida, pinturas etc., e dar-lhe uma prova de quatro ou cinco meses ou até excluir da Igreja, enquanto que, no íntimo ou até às escondidas outro crente está praticando não só um, mas vários dos pecados acima listados sem que ninguém possa ver. Não quero com isso dizer que aprovo o uso por parte de irmão de bermudas, ou outra vestimenta que não condiz com a nossa doutrina ou uso de cavanhaque ou barba, bem como por parte das irmãs o uso de brincos, pinturas, colares e calças compridas ou bermudas. Quero até fazer uma recomendação, pois, quando preparava esta mensagem, Deus falou comigo para recomendar às irmãs que não venham para os cultos aqui no templo central ou em qualquer das nossas congregações, usando qualquer coisa das acima citadas, que mudam a sua beleza natural e que podem causar escândalo.

CONCLUSÃO.
         Se qualquer um de vós encontrar algum irmão que não está se portando como um verdadeiro crente na rua, isto é, fazendo algo que contradiz a doutrina de nossa Igreja, chame-o particularmente e o aconselhe. Quem sabe você consegue dissuadir-lo e fazê-lo mudar de opinião. Tiago em sua carta diz: “Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados”. (5.20)


REVENDO AS NOSSAS DOUTRINAS I Tm 4..16; II Tm 3.14.

I Tm 4..16; II Tm 3.14.



INTRODUÇÃO.

            Doutrina – “Conjunto de princípios que alicerçam um sistema filosófico, político, religioso, etc.”, (Dicionário Barsa).

            A nossa igreja Assembleia de Deus, fundada no Brasil nos idos de 1911, teve o seu início fundamentado nos ensinos da Palavra de Deus. Não somos um grupo que creem em tudo, mas ao mesmo tempo não creem em nada; temos regras, normas, diretrizes e tudo isso com base firmada no nosso código: a Bíblia Sagrada; seguimos uma linha doutrinária que nos conduz ao nosso principal objetivo que é alcançar a santificação, que segundo o escritor da Carta aos Hebreus, “sem a qual ninguém verá o Senhor”, (Hb 12.14).

            O conjunto de princípios aceito pela Igreja Assembléia de Deus no Brasil como doutrina tem seu início no seu CREDO, isto é,  naquilo que realmente a Igreja aceita como verdade:

I – NO QUE REALMENTE CREMOS?

1 – Cremos em só Deus, isto é, um Deus único, conforme Dt 6.4, eterno, que subsiste em três pessoas, que possuem os mesmos atributos e a mesma essência: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Mt 28.19; II Co 13.12.

2 – Cremos no Batismo com o Espírito Santo, com evidência de línguas estranhas, conforme At 2.4. Lembremo-nos de que, o que sempre fez a diferença entre a Igreja Assembléia de Deus e as igrejas existentes aqui no Brasil, na época de sua fundação foi o Batismo com o Espírito Santo e a manifestação de dons espirituais, tais como cura divina, profecia, operação de milagres e outros, pois, os nossos líderes podiam não ter cultura suficiente, porém tinham poder do Espírito Santo e isto era suficiente para atrair multidões aos pés do Senhor Jesus, como aconteceu com o apóstolo Pedro, conforme registra At 2.14-41.

3 – Cremos na evidência dos Dons Espirituais: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência, a fé os dons de curar, a operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas, I Co 12.1-11.

            A diferença existente entre a verdadeira Assembléia de Deus e os movimentos que por aí existem com o nome de pentecostais, ou igreja avivadas é que a verdadeira Assembléia de Deus, não vive para explorar a fé do povo, mas para pregar a Cristo como Salvador da humanidade I Co 1.21-23. Mas alguns perguntam: na Assembléia de Deus existem milagres? Sim! Inúmeros; os crentes falam línguas estranhas? Como não, se foi a Assembléia de Deus que, através dos missionários Gunar Vingren e Daniel Berg, trouxe para o Brasil a mensagem do Pentecoste? Pessoas são curadas de quaisquer enfermidades? Sim! Aqui mesmo em nossa Igreja Assembléia de Deus em Juiz de Fora tem acontecido inúmeros milagres de cura divina. E profecias? Cremos. E cremos de tal forma que sabemos discernir quando a palavra profética é de Deus, ou não. É bom lembrar que existem três fontes de profecia: a) O Espírito Santo. O profeta é movido pelo Espírito e fala inspirado por este, I Co 12.7-10. (b) Espíritos demoníacos. O profeta torna-se um porta-voz do maligno, pois, fala inspirado por ele, Mt 16.21-23. Quero esclarecer que ao ser usado como uma forma profética por um espírito demoníaco, não significa que o profeta esteja possuído por um demônio, mas que se deixou usar por ele. (c) O próprio homem, o eu. Nesta condição, o indivíduo usa as próprias palavras mentirosas, falando como se estivesse sendo usado por Deus, I Rs 13.11-18.

4 – Cremos na concepção virginal de Cristo, Lc 1.26-35.

5- Cremos na morte e ressurreição de Cristo, Mt 27.50; Lc 24.1-7.

6 – Cremos na ascensão de Cristo, em sua vinda até às nuvens para arrebatar a Igreja e seu retorno à terra para o Reino Milenial, At 1.9; I Ts 4.13-17; At 1.10, 11.

7 – Cremos no Juízo Final e na Eternidade co Deus, Ap 20.11-15; 21.1-8.

II – NOSSA DOUTRINA


            Como já foi citado que doutrina é o conjunto de princípios que alicerçam um sistema (...) religioso, quero lembrar que quando da fundação da Igreja Assembléia de Deus, esta alicerçou o seu sistema religioso, isto é, sua doutrina, em normas que a diferenciava da forma vivida pelo mundo sem Cristo. O que os nossos líderes incluíram como doutrina (não como usos e costumes, conforme têm denominado os líderes modernos da atualidade) foi o uso de cabelos longos pela mulher, por ser considerado um estado honroso e cabelos curtos pelo homem, por considerar desonra para o homem ter o cabelo longo I Co 11.14, 15; traje honesto, com pudor, sem uso de cabeleira frisada, uso exagerado de jóias e vestuário dispendioso, I Tm 2.9; I Pe 3.1-4. Não estamos exigindo que as nossas irmãs andem por aí descabeladas, isto é, com seus cabelos maltratados, com pontas maiores outras menores, também não estamos dizendo que tipo de traje as nossas moças, os nossos moços, as senhoras os senhores devem usar, mas da maneira decente em que devemos nos trajar, a fim de não escandalizar a Igreja do Senhor, Mt 18.1-9.

NOSSA SAUDAÇÃO.

            A Assembléia de Deus se caracterizava pela forma como os seus membros saudavam-se: Paz do Senhor! Éramos criticados por isso, todavia, não tínhamos vergonha alguma de saudar os nossos irmãos, tanto dentro como fora de nossos templos. Hoje, a saudação Paz do Senhor está sendo substituída pelas seguintes expressões: paz, oi, tchau, falou e outras. Precisamos voltar para as nossas origens, observando o que diz o Senhor Jesus ao anjo da Igreja em Éfeso: “Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te...”, Ap 2.5.
Na sua 2ª. Carta para Timóteo o apóstolo Paulo escreve: “Palavra fiel é esta: que se morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos,também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo”, (2.11-13). O simples fato de envergonharmos-nos de saudar um irmão com a paz do Senhor, caracteriza a nossa vergonha de revelar para o mundo que somos crentes e isto é uma forma de negar o Senhor Jesus, Rm 1.16, 17. Como ganharemos o mundo para Cristo se temos vergonha de ser crentes?

IV – NOSSOS CÂNTICOS.

            Que tipo de música temos cantado em nossos cultos?

            Existem muitas definições de música, a mais simples é: “Música é a arte que exprime os sentimentos por meio de sons”.

            As músicas são classificadas em músicas clássicas: Sinfonias, que são composição de vulto, exclusivamente para orquestra ou para muitos instrumentos; música popular a que tem larga difusão entre o povo; música folclórica que é anônima, de transmissão oral, antiga, e que constitui o patrimônio comum do povo de uma determinada região; música profana utilizada para cultuar o corpo em momentos de orgia; música sagrada ou religiosa cuja finalidade é louvar o divino.

            Quando da fundação da Assembléia de Deus no Brasil, já existiam outras igrejas evangélicas que possuíam os seus hinários – Igreja Batista, Cantor Cristão, Igreja Presbiteriana, Salmos e Hinos, outras igrejas aqui existentes também possuías os seus hinários. Ao ser fundada a Assembléia de Deus, esta não podia ficar alheia a este fato por essa razão editou em 1921 o seu primeiro hinário cujo nome foi ‘Cantor Pentecostal” vindo mais tarde editar a Harpa Cristão, que hoje conta com seiscentos e quarenta cânticos, incluindo os hinos pátrios, todos, na sua maioria, inspirados pelo Espírito Santo.

            As músicas sagradas costumamos chamar de hinos que são poemas ou cantos líricos de invocação ou adoração que se celebra a uma divindade, um herói, ou um acontecimento histórico. Os nossos hinos devem ser exclusivamente para – o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Para preservar a nossa identidade de assembleianos, não podemos por hipótese alguma abandonar o nosso hinário oficial – Harpa Cristã, II Tm 3.14. Hoje com o aparecimento de vários grupos ditos pentecostais, que não possuem hinários próprios, tem surgido muitos “canções e corinhos” que mais incentivam a prosperidade material do que louvar ao Senhor Jesus, enquanto a nossa Harpa Cristã está repleta de hinos inspirados pelo Espírito Santo que são verdadeiros louvor ao Deus Trino, quais podemos citar os de número 10, 35, 43, 124, 200 e tantos outros.

CONCLUSÃO.

            Precisamos voltar aos primeiros anos da nossa Igreja em que os nossos cultos não tinham teólogos eminentes, nem pregadores eruditos que podia fazer discursos e sermões belos, recheados por um português clássico, entretanto, eram cultos cuja presença do Espírito Santo era notória, isto é, conhecida por todos e eram cheios de glórias, aleluias, línguas estranhas, cânticos espirituais e testemunhos. Cultos onde os nossos cânticos eram em sua maioria, hinos de nossa Harpa o que representava um verdadeiro louvor.

            Encerro citando mais uma vez Paulo em sua segunda carta a Timóteo 3.14 que diz: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido”.

            Que o Senhor Jesus nos abençoe.

            Amem!