COMO SALVAR-SE.

 Tito 2.11-14.



INTRODUÇÃO.

         Pecado é transgressão de qualquer preceito, regra, norma ou proibição. Em outras palavras pecado é transgressão da lei. Não havendo lei que defina a transgressão, não haverá pecado.
         Nós, os cristãos, temos a nossa lei que é a Bíblia Sagrada. Esta está em nossas mãos para que baseados em suas regras fujamos da prática do pecado. João em sua primeira carta universal diz que “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (3.8).
         Do texto que lemos no começo destacamos os versículos 11 e 12 os quais dizem: “Porque a graça de Deus se há manifestado trazendo salvação para todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente”. Quando o indivíduo deixa o mundo e aceita a salvação no Senhor Jesus, vem com toda a bagagem de pecado e sem conhecimento algum das coisas espirituais. Mas para que não continue na ignorância, Deus deu os ministérios – Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres – e Cristo deu dons aos homens “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. (Ef 4.11, 12). Ainda que hoje pouco se fale nos ministérios apostólico e profético, todavia acham-se em plena atividade os ministérios de Evangelista, Pastor e Mestre. Cada Igreja, portanto, tem o seu pastor que é designado por Deus e compõe juntamente com os Evangelistas e Mestres o que hoje chamamos de ministério.

I – O PASTOR DA IGREJA.

         Quais as funções do Pastor da Igreja?

1 – Apascentar o rebanho I Pe 5.2.

         Apascentar é: trazer para pastar, guardar no pasto; pastorear, doutrinar. Doutrinar é instruir em uma doutrina; ensinar.

2 – Guiar Sl 23. 3.

         Guiar é orientar, aconselhar; ensinar; encaminhar; proteger; governar; dirigir. Conhecendo e sendo orientado, o ser humano pode desviar-se do pecado. Em provérbio 22.3 está escrito que “o avisado vê o mal e esconde-se”. Essa é uma das funções do pastor, além de apascentar, guia e orienta aqueles que se agregam ao rebanho Tito 2.1-10.

3 – Conselheiro.

         Aconselhar é Dar conselhos, isto é, parecer quanto ao que alguém deve ou não deve fazer. É dar aviso advertir, é recomendar. Esta é uma função importante do pastor, para isto foi que Deus o constituiu.

II – O QUEM O PASTOR DA IGREJA NÃO É

Conhecidas estas importantes funções do pastor é necessário informar que existem funções até cobradas por alguns membros da Igreja que não dizem respeito ao chamado do pastor. Vejam o que o pastor da Igreja não é:

1 – Babá.

         O pastor da Igreja não foi chamado para carregar o crente no cola a fim de que ele não venha cair. Não! O pastor foi chamado para alimentar o crente recém-nascido, conforme diz o apóstolo Pedro em sua primeira carta 2.1-3: “Deixando, pois, toda a maldade e todo engano e fingimentos e invejas e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos recém-nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”. É com o ensino da Palavra de Deus que o pastor alimenta o crente recém-nascido, ensinando-lhe os primeiros rudimentos da doutrina.

2 – Detetive.

         O pastor não foi chamado para andar seguindo crentes pelas ruas, para saber se ele anda pecando ou não.
         A Bíblia relaciona tudo o que não devemos fazer. E por que digo não devemos ao invés de dizer não podemos? Porque o apóstolo Paulo diz: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. Se o que eu devo ou não devo fazer, está contido na Bíblia e a Bíblia é ensinada semanalmente nos cultos de ensino, logo não é necessário que se corra atrás de ninguém para dizer-lhe: você está pecando, pois nos cultos de ensino é ensinado como salvar-se.
         Há muitas pessoas que se dizem crentes, que cometem erros voluntários, isto é, fazem coisas que sabem que estão transgredindo os ensinos de sua igreja, mas fazem. E há outros que também se dizem crentes que vêem o erro do primeiro, mas ao invés de chamá-lo e aconselhá-lo conforme recomenda a Palavra de Deus (Gálatas 6.1-2), pelo contrário, saem falando mal do pastor e assim cometem dois pecados ao mesmo tempo, a) o pecado de omissão, pois, deveriam procurar o irmão faltoso e convencê-lo do seu erro, não, prefere difamar a igreja, dizendo que esta não tem doutrina. Tiago diz que: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”. b) Ofensa ao seu pastor. No primeiro livro das Crônicas 16.22 está escrito: “Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal”. Em lugar de falar mal de seu pastor ore por ele como recomenda a Palavra de Deus Hb 13.17.

III – ERROS COMUNS QUE COMETEMOS NO DIA A DIA.

         No nosso dia a dia cometemos erros voluntários que a nosso ver nada tem de errado. São pequenas coisas que vão sendo somadas e quando pensamos que não, estamos totalmente comprometidos com o pecado.

1 – Desobediência.

         Desobedecemos aos nossos pais, patrões, superiores às leis de trânsito, aos preceitos doutrinários da Igreja, aos nossos pastores às autoridades. Isso é verdade ou somos cem por cento obedientes? Não estou aqui querendo encurralar ninguém. Estou instruindo, encaminhando, ensinando. Falamos mal dos pastores e de outros irmãos, Sabe por que? Simplesmente porque achamos que falar mal das pessoas não é cometer o pecado da desobediência. A Bíblia, porém recomenda: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei; e se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz”. 
         Um dos maiores defeitos de muitos crentes é falar que a igreja não tem doutrina. O fato é que estes irmãos aprenderam erradamente o conceito de doutrina que na verdade não outro senão: Conjunto de princípios em que se baseia uma religião, um sistema político ou filosófico; erudição, norma, disciplina, instrução, modo de pensar, catequese religioso. Mas para muitos doutrinar é dizer de púlpito: irmã não use calça comprida, saia rachada, brincos, pulseiras e colares, não se pinte, pois, tudo isso é pecado e você será excluída. Estas coisas fazem parte de nossa doutrina? Sim não tenham dúvida, mas isso é assunto para o novo convertido aprender antes de se batizar. Depois do batismo, se ele optar por obedecer ou não é de sua responsabilidade. O que a Bíblia recomenda é que: “examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice”. O exame é individual. A recomendação de Paulo a Timóteo é: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (II Tm 42) e ainda: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir  para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. Essa é a obrigação do pastor: ensinar a Palavra de Deus. Aceite você isso ou não, mas quando você fala mal de seu pastor ou de qualquer crente está sendo desobediente.

2 – Pecados listados por Paulo em Romanos 1.29-31 e 13.9, 13.

         São vinte e dois os pecados listados por Paulo em Romanos 1.29-31: Iniquidade  prostituição, malícia, avareza, maldade, engano, inveja, homicídio, contenda, malignidade. Murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe, néscio  infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia, enquanto que, a lista de Rm 3.9, 13 contém mais nove: Adultério, furto, falso testemunho, cobiça, glutonaria, bebedeira, desonestidade, dissolução, isto é, perversão de costumes, devassidão.
         Agora prestem bem atenção: é simples e fácil enxergar um irmão andando de bermuda pelas ruas da cidade, ou uma irmão usando na rua brincos calça cumprida, pinturas etc., e dar-lhe uma prova de quatro ou cinco meses ou até excluir da Igreja, enquanto que, no íntimo ou até às escondidas outro crente está praticando não só um, mas vários dos pecados acima listados sem que ninguém possa ver. Não quero com isso dizer que aprovo o uso por parte de irmão de bermudas, ou outra vestimenta que não condiz com a nossa doutrina ou uso de cavanhaque ou barba, bem como por parte das irmãs o uso de brincos, pinturas, colares e calças compridas ou bermudas. Quero até fazer uma recomendação, pois, quando preparava esta mensagem, Deus falou comigo para recomendar às irmãs que não venham para os cultos aqui no templo central ou em qualquer das nossas congregações, usando qualquer coisa das acima citadas, que mudam a sua beleza natural e que podem causar escândalo.

CONCLUSÃO.
         Se qualquer um de vós encontrar algum irmão que não está se portando como um verdadeiro crente na rua, isto é, fazendo algo que contradiz a doutrina de nossa Igreja, chame-o particularmente e o aconselhe. Quem sabe você consegue dissuadir-lo e fazê-lo mudar de opinião. Tiago em sua carta diz: “Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados”. (5.20)


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