PEDIR E RECEBER

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” Mt 7.7.

O texto lido tem uma afirmação importante: peça que você recebe.
Meus irmãos, a experiência mostra-nos que aqueles são exatamente os mais recebem.
Podemos classificar os pedidos do texto lido, em três classes:

I – PEDIDOS SEM SABEDORIA.

Tiago diz: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal” (Tg 4.3). Estes são pedidos inoportunos. Deus até pode atendê-los, porém contra a sua vontade.
Quando morava em Goiânia conheci um irmão que era diácono da Igreja. Esse diácono era separado da esposa e tinha a maior vontade de casar-se uma segunda vez, mas, na época não havia o divórcio na lei brasileira. Em virtude disso, o referido irmão orava diariamente para que o Senhor tirasse a vida de sua esposa a fim de que ele pudesse casar. Claro que Deus não iria atender tamanha tolice. Esse é o tipo de oração sem sabedoria.

II – PEDIDOS FORA DA VONTADE DE DEUS.

Às vezes Deus toma decisão na nossa vida, nós, porém, achamos que está errado e por isso resolvemos mudar. Deus não erra. As suas decisões são sábias. Ele é soberano, conhece o nosso passado, nosso presente e nosso futuro. É presciente, isto é, sabe o que vai acontecer a no futuro, dez a quinze anos ou mais.
Há alguns anos atrás, aconteceu no Estado do Amazonas um fato muito interessante: Determinado irmão, obreiro, perdeu a esposa, isto é, a esposa faleceu. Como o acontecido foi no começo da noite, referido irmão resolveu que não iria anunciar o acontecido, porque iria pedir a Deus para que ressuscitasse a sua esposa, e assim o fez. Orou durante toda a noite. Quase ao amanhecer o Senhor atendeu o seu pedido tornando a vida àquela senhora. Pois, bem, passados alguns anos aquela mulher desviou-se dos caminhos do Senhor, caiu em adultério, abandonou o esposo que em conseqüência veio a perder o ministério.
Tomemos como exemplo o apóstolo Paulo, que lhe foi dado um espinho na carne, pelo qual orou três vezes, mas como a resposta não foi favorável ao seu pedido, aceito de bom grado a solução que o Senhor lhe deu.

III – PEDIDOS SEM FÉ.

A carta aos Hebreus diz que: “Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam” (11.1). Baseado nessa premissa, precisamos exercitara a fé quando oramos. Tiago, falando com relação ao pedido de sabedoria a Deus, diz: “Peça-a, porém, com fé, não duvidando” (1.6).
Deus está sempre disposto a atender as nossas orações. Na verdade o que precisamos é saber que precisamos ter a certeza de que Deus irá atender o nosso pedido e também ter objetivo naquilo que vamos pedir, a fim de que não fiquemos divagando sem rumo como alguém que não sabe aonde quer chegar.
Pedido sem fé, diz Tiago, que “é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento de uma para outra parte” (1.6). Portanto se você não tem fé suficiente para receber aquilo que está necessitando, o melhor é não pedir, pois, fique certo de que o Senhor não vai atender absolutamente.
O pedido com fé tem que ser semelhante àquele de centurião, que está inserido em Mateus 8.5-13. O texto diz que o centurião, procurou o senhor Jesus quando este entrou em Cafarnaum e, informou-lhe sobre a enfermidade de seu criado. O Senhor, prontamente disse-lhe que ia e daria saúde ao enfermo, o que levou o centurião a dizer-lhe: “Senhor, não sou digno de que entreis debaixo de meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará”; e prosseguiu: “Pois, também sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz”. Isto levou o Senhor Jesus a admirar-se e dizer: “nem mesmo em Israel encontrei tanta fé”, e falar para o centurião: “Vai, e como creste te seja feito”.
É assim que Deus age, atende conforme a nossa fé.
Que o Senhor Jesus nos abençoe.

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