INTRODUÇÃO
O crente salvo pelo Senhor Jesus tem
promessas dadas pelo seu salvador. Mas para alcançar essas ricas promessas se
faz necessário que cumpra as exigências determinadas pelo Senhor. No texto
escolhido para nossa meditação, existem algumas destas exigências, as quais
estão vinculadas à nossa entrada no santuário. Isto pode tanto estar vinculado
ao nosso culto diário, como ao Santuário no céu, onde viveremos eternamente com
o Senhor. Vamos usar como tema para o estudo de hoje: exortações para firmeza
da fé nas promessas de cristo.
Há três recomendações:
a) chegar-se;
b) reter;
c) meio prescrito para impedir a nossa apostasia.
I – CHEGAR-SE (v.
22)
Antes de falar sobre o chegar é bom
lembrar que há nesse convite do versículo 22 alguns privilégios para o crente:
a) A entrada está aberta. Cristo ao dar o brado de vitória na cruz, quando
disse está consumado, abriu no Templo de Israel a entrado do Santo dos santos,
e isto aconteceu porque naquele exato momento a cortina que fazia divisão entre
o santuário (local onde podiam entrar os sacerdotes) e o Santo dos santos, (local
onde só podia entrar uma vez por ano, o Sumo sacerdote), rasgou-se de alto
baixo a baixo, concedendo aos gentios acesso à porta do Santuário celestial; b)
A ousadia do crente. O crente agora pode entrar no Santo dos santos, livremente
a hora que desejar e está à presença do Pai em nome do Senhor Jesus que é o
nosso Sumo Sacerdote.
Todavia, para se chegar à presença
do Senhor com essa liberdade excessiva há algumas exigências:
1 – Um verdadeiro
coração
O coração daquele que se aproxima de
Deus deve ser um coração sem engano, sem hipocrisia como “fazem os hipócritas
que se comprazem a orar” exibindo piedade para receber louvor dos homens Mt
6.5. Deus sonda os corações e exige a verdade no íntimo, no coração. A
sinceridade é a nossa perfeição do evangelho.
2 – Ter inteira
certeza de fé.
A
fé é a principal condição para que o homem alcance de Deus o que deseja. Em
6.11 desta carta o autor escreve assim “Sem fé é impossível agradar-lhe”. A fé
é essencialmente a entrega e o descanso da própria alma, é a confiança nas
promessas misericordiosas que Cristo nos fez, como por exemplo: “virei outra
vez, e vos levarei” (Jo 14.3). Como posso esperar Cristo se não tenho fé? Em Hb
11.1 assim diz: “Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam...”. Não foi
à toa que o centurião romano quando procurou o Senhor Jesus para pedir a favor
de seu ser disse: “dize apenas uma palavra e o meu criado sarará” (Mt 8.8). O
versículo está dizendo-me: você só receberá o que está pedindo se tiver
“inteira certeza de fé”.
3 – Ter o coração
purificado da má consciência.
Pela aplicação do sangue de Cristo,
nossa alma pode ser purificada de culpa, de imundícia, de tormentos e temores
pecaminosos.
II – RETER (v. 23).
O apóstolo exorta os crentes a se
apegarem firmemente à confissão de sua fé.
1 – A obrigação em
si.
É
obrigação retermos firmes a confissão da nossa fé, de abraçamos todas as
verdades e caminhos do evangelho, de nos apegarmos firmemente a eles de
mantermos essa posição contra todas as tentações e oposição, pois, nossos
inimigos espirituais farão o que poderem para arrancar a nossa fé, a esperança,
a santidade, o conforto, das nossas mãos. Razão porque precisamos segurar
firmes a nossa fé cristã como o nosso melhor tesouro.
2 – A maneira em que
devemos fazer isso.
Sem vacilar, sem duvidar, sem disputar, sem
brincar com as tentações. Tendo uma vez estabelecido essas grandes coisas entre
Deus e nossa alma, precisamos ficar firmes e imutáveis. Os que começam a
vacilar em questões de fé e prática cristã estão em perigo de cair.
3 – O motivo ou
razão que reforça essa obrigação.
“Porque fiel é o que prometeu”.
Deus fez grandes e preciosas promessas aos
crentes, e Ele é fiel, verdadeiro à Sua palavra; não há falsidade nem
inconstância nele, e não deveria haver em nós. Sua fidelidade deveria nos
estimular e encorajar a sermos fiéis (2Tm 2.13). Precisamos muito ser fiéis ao
Senhor, pois, dependemos muito da Sua graça, para conquistarmos as Suas promessas.
III – MEIO PRESCRITO
PARA IMPEDIR A NOSSA APOSTASIA (vs.24,25).
O autor da carta menciona meios para
promover a nossa fidelidade e perseverança.
1 – Devemos
considerar os irmãos (v.24).
Os cristãos precisam uma terna
consideração e preocupação uns pelos outros; devem considerar com carinho quais
são as diversas necessidades, fraquezas e tentações e devem fazer isso não para
censurarem, mas para o amor e as boas obras Tg 4.11; 5.9; Rm 14.1-12.
2 – Que não deixemos
a nossa congregação (v.25).
Estamos vivendo a época da igreja
morna, onde os crentes buscam mais a alegria passageira, isto é a alegria que
alegra mais a alma do que espírito. Muitos preferem as congregações, onde se
passa o tempo com danças, movimentos corporais e cânticos que emocionam
abandonando aquelas onde existe a simplicidade. Nestas simples congregações,
porém, há o genuíno ensino da Palavra de Deus. É da vontade de Cristo que os
seus discípulos se reúnam para ouvir a Sua palavra e participarem da comunhão.
A comunhão com os santos é uma grande ajuda e um bom meio de firmeza e
perseverança At 2.46,47.
3 – Que nos exortemos
uns aos outros (v.25).
Precisamos, nestes dias difíceis que
estamos vivendo, quando impera a desonestidade, a falta de caráter dos homens,
principalmente daqueles que exercem autoridade e, especialmente daqueles que foram
chamados para apascentar o rebanho do Senhor, mas não cumpre com seriedade essa
obrigação, precisamos, disse, estar atentos, vigilantes porque, como disse
Paulo aos romanos “E digo isto, conhecendo o tempo, que é já hora de
despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do
que quando aceitamos a fé” (13.11). É o que diz o versículo 25 do texto lido:
“e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”
CONCLUSÃO.
Sei que no mundo em que estamos
vivendo, cheio de violência, onde o homem faz de tudo para alcançar o desejo de
sua natureza pecaminosa, aqueles que querem piamente servir a Deus, sentirão
grande dificuldade, pois todos os dias são acossados pelas tentações. Mas, os
que entregam completamente a sua vida ao Senhor Jesus, tem o privilégio de ser
guardado pelo seu sangue precioso e por ele poder entrar na presença do Pai
celestial e, ainda por Cristo poder chegar ao Trono da Graça e apresentar a sua
petição e ser ajudado “em tempo oportuno” Hb 4.14-16.
Juiz de Fora, 28 de março de 2017.
Samuel Lopes da Silva
Bibliografia HENRY Matthew.
COMENTÁRIO BÍBLICO DO NOVO
TESTAMENTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário