O CARÁTER CRISTÃO Fl 4.8


INTRODUÇÃO.

Cada terça feira eu sinto a grande responsabilidade que tenho para apresentar a Igreja uma mensagem. Sei que toda mensagem para que encontre receptividade precisa vir diretamente do céu, por essa razão quando chega o final de semana, aumenta a minha preocupação em ralação ao que devo ensinar à Igreja. Raramente Deus não me dá antecipadamente uma mensagem, pois só Ele sabe as nossas necessidades. Para esta terça feira, por exemplo, desde o domingo o Espírito me tem tocado muito para que eu fale sobre um tema especial: O Caráter Cristão e, é sobre esse tão palpitante assunto que traçarei algumas considerações. Antes, porém, vejamos o que é Caráter:

Segundo o Dicionário da Barça, Caráter é: 1) “Aquilo que distingue um ser ou uma coisa de outro ser ou de outra coisa, e que lhe é próprio, peculiar, ou lhe foi atribuído”. 2) “O conjunto dos traços particulares, o modo de ser de um indivíduo ou de um grupo; índole, natureza, temperamento”. 3) “O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral”. 4) “Honradez, retidão”.

Considerando as definições aqui apresentadas e o versículo lido, concluímos que há uma grande relação. Vejamos a lista apresentada por Paulo: “verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama”. Basta que alguém viole uma destas características, para que seja chamado de mal-caráter. Como pode uma pessoa, apresentar-se como filha de Deus, se ela é mentirosa ou de má fama? Passaremos a estudar quatro das características do versículo lido.

I – TUDO O QUE É VERDADEIRO.

A exigência do Apóstolo Paulo é esta: “Tudo o que é verdadeiro... nisto pensai”.

O que significa ser verdadeiro? Verdadeiro é: “Que contém verdade, que exprime verdade, franco, sincero, exato, real, autêntico, genuíno”. É o mesmo que ser justo. O versículo poderia até ser escrito assim: Tudo o que é verdadeiro e justo.

Existem pessoas que não são sinceras, não são exatas. Ninguém acredita no que elas falam. Pessoas que não são sinceras, isto é, não são verdadeiras, ou seja, vivem mentindo, trapaceando, enganando as demais. Tais pessoas, não terão parte nas moradas celestes, Ap 21. 8, 27; 22.15. Este tipo de pessoas, tão pouco, estão enquadradas no texto de Mt 5. 13-16.

Quando é que uma pessoa que se diz crente, pode não ser considerada verdadeira?

1 – Quando não obedece aos preceitos da Igreja.

(Preceito é: Regra de conduta; norma. Ensinamento, doutrina. Ordem, determinação). Quando dizemos, então, que a pessoa não está obedecendo aos preceitos da Igreja, estamos dizendo que ela desobedece à doutrina, aos ensinamentos, às ordens. Esse tipo de pessoa tenta justificar que está infringindo determinadas normas, porque tais normas, dizem elas, são preceitos de homens, esquecendo-se de que as ditas normas foram criadas pela Igreja, que é soberana para ditar preceitos, por ser uma instituição divina, o Corpo de Cristo. Ler Ef 4.11-16; Fl 2. 12-16.

2 – Quando deixa de entregar o dízimo do Senhor.

O dízimo não é uma exigência humana, mas uma norma divina, Lv 27.32; Dt 14.32; Ml 3.7-11. Ora, se o dízimo é um preceito divino, como uma pessoa, pode ser considerada verdadeira, se ela sonega o dízimo do Senhor? Vou repetir: Ser verdadeiro é ser franco, sincero, exato, justo, etc. E, quando a pessoa diz: “Não trago o meu dízimo para a Igreja, mas compro cestas básicas com ele e dou às pessoas carentes”. Está certo isto? Não. A Bíblia diz para trazer todos os dízimos à casa do tesouro, Ml 3.10. No momento em que eu uso o dízimo para fazer minhas compras, estou roubando a Deus, a quem pertencem os dízimos. Os ladrões não têm parte no Reino de Deus, I Co 6.10.

3 – Quando não obedece ao seu pastor.

Esta é uma recomendação da Bíblia, “Obedecei a vossos pastores”, Hb 13.17. Hoje o desrespeito está muito grande. As pessoas não estão nem aí, e porque não dizer? Nem tratam se quer o pastor com respeito, a não ser na presença. Quando na ausência tratam de o Samuel o Nelson, o Esdras, etc.

Nunca esqueçam a recomendação do Profeta Samuel ao Rei Saul, de Israel, I Sm 15. 22, 23.

II – TUDO O QUE É HONESTO.

A honestidade é uma coisa muito importante.

Honestidade é: qualidade ou caráter de honesto. Decência, decoro. Pureza virtude. Honesto é honrado, probo, isto é, de caráter íntegro. Íntegro é inteiro, completo. Reto, incorruptível.

Vamos analisar o tipo de crente desonesto que é o mesmo que impudico, isto é, sem pudor. Pensemos num crente comerciante, que adultera a balança para roubar no peso; pensemos também no balconista que vende uma mercadoria estragada, afirmando que esta está em condições de ser consumida; pensemos ainda no caixa da loja que desvia parte do dinheiro das vendas e na prestação de contas com o patrão afirma ter sido apenas o que se encontra presente. Tudo isto é desonestidade. Paulo diz: “Tudo o que é honesto nisto pensai”.

Há muitas pessoas que são honestas para lidar com aquilo que é alheio, mas também há muitas outras, impudicas, isto é, sem pudor que estão dispostas a ficarem ricas com o dinheiro alheio, às vezes até com o dinheiro da Igreja, como já aconteceu aqui em um passado não muito distante, Pv 15.3. Deus está vendo tudo. Viver agora com o dinheiro roubado aparentemente é bom, mas o que pesa é o futuro acerto de contas com o Senhor, no Juízo do Grande Trono Branco, Ap 20. 11, 12. Morra pobre, mas seja honesto. Ler Fl 3.17-19.

III – TODO O QUE É PURO

A lista da pureza é muito grande. Veja o que significa ser puro:

1. Sem mistura nem alteração. 2. Sem impurezas; não infectado. 3. Inocente, virginal. 4. Límpido, transparente. 5. Probo (que tem integridade de caráter), íntegro. 6. sem mancha ou nódoa; imaculado. 7. Casto, virtuoso. 8. Sincero, singelo. 9. Correto, irrepreensível. 10 autêntico, verdadeiro. 11. Suave, mavioso.

Sem mistura. Os irmãos já me conhecem e sabem que sempre combati a mistura. O Senhor Jesus não veio para a terra à-toa. O Apóstolo Paulo diz que ele veio para “purificar para si um povo seu especial”. Logo esse povo não pode misturar-se com qualquer coisa, com qualquer elemento. A igreja verdadeira do Senhor não pode andar misturada com qualquer movimento que se diz igreja, mas que não prima pelos princípios bíblicos da separação do mundo. Há muitos irmãos nossos que não se preocupam com isso. Hoje estão aqui, amanhã estão em qualquer movimento com o nome de igreja, basta para isso ter um cantor, ou cantora que seja apresentável. Ler Hb 10 25. Há igrejas por aí de todo tipo. Igreja de homossexuais, onde o pastor é casado com outro homem; igreja do diabo, onde se adora exclusivamente a Satã. Cuidado gente, com esse movimento com o nome de igreja. Leia o que Paulo escreve na II Carta aos Coríntios 6.11-18. “Tudo o que for puro”, diz Paulo, “nisso pensai”.

IV – TUDO O É DE BOA FAMA.

A boa fama se coaduna com a riqueza, com a pobreza, com o religioso, com o sem religião. Essa é uma das maiores virtudes que existem.

Entre as várias definições de fama está, que fama é conceito, reputação. O que é um homem de bom conceito, de boa reputação? É aquele que todos dão testemunho por ele. Quando da consagração para o ministério de presbítero, Paulo diz: “Convém também que tenham bom testemunho dos que estão de fora, I Tm 7. Não é possível um pastor, evangelista, presbítero, diácono ou um simples membro não poder passar em uma rua, porque não pagou ao açougueiro, ou à loja onde comprou fiado, ou porque é um brigão, espanca os filhos e a esposa, dando com isso um péssimo testemunho, Eclesiastes 7.1 diz que “Melhor é a boa fama do que o melhor ungüento”, e ainda Provérbios 22.1 diz que “Mais digno de ser escolhido é bom nome do que as muitas riquezas”.

“Tudo o que é de boa fama nisto pensai”.

CONCLUSÃO.

Todas as coisas que lhes tenho falado hoje são para mostrar que a lista de Paulo: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

Ninguém, jamais, chegará ao céu, se não se enquadrar dentro dos princípios deste versículo. A coisa é dura e parece muito difícil, mas Paulo nos dá o último conselho para hoje à noite: “E a paz de Deus que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.

9 comentários:

Mauro Martins disse...

Amem... Muito bom seu artigo... Refleti acerca destes requisitos... Na minha profissão como advigado sofremos demais com isto.. Infelizmente um tentando passar a perna no outro, falando mal, criticando o trabalho.
Graça e paz....

Anônimo disse...

Antes de mais nada, paz do Senhor.sou dizimista.
vou ser direta, nos dias de hoje está assim: parte a)Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,(até aqui é para os membros se lembrar)
parte b) para que haja mantimento na minha casa,até aqui é para os pastores esquecer. vejo gente precisando de remédio, alimento... e não vejo alimento na casa do tesouro.
Malaquias 3:10 Seja muito abençoado, seu estudo é bênção!!!, e me perdoe pelo desabafo. Paz
ass; Cidinha Lópes

Anônimo disse...

Irmã, talvez seja melhor você pedir a prestação de contas do pastor da sua igreja, e se você ver que lá o dinheiro dos dízimos e das ofertas não estão sendo usados para mantimento da obra do Senhor, é melhor você procurar uma Igreja que realmente seja o corpo de Cristo.
A palavara fala que por se multiplicar as iniquidades a fé de muitos esfriariam, mas os que permanecerem em Deus, vão gozar a glória do Senhor na sua vinda.
Não deixe que as iniquidades dos lobos venham a corromper sua fé.

Unknown disse...

Amém... o que devemos fazer é desenvolver essas etapas desenvolvidas por Paulo para que o nosso caráter seja cada vez melhor e agradável a Deus.


Que o meu caráter glorifica a TI meu Rei Eterno. Amém!!!

Anônimo disse...

Não sei porque a Cidinha Lopes se expressou desta maneira, precisa estudar mais a Bíblia, primeiro Os dízimos são para manutenção do templo, dos que trabalham na obra de Deus. Segundo: antes da igreja desenvolver o trabalho social sua principal missão é anunciar o evangelho para salvação, Jesus disse: ide pregai o evangelho a toda a criatura, não disse ide comprai remédio para os doentes e som curso os doentes, expulsai os demônios etc. É melhor estudar mais a palavra de Deus irma.

Anônimo disse...

A PAZ DO SENHOR JESUS IRMÃ VOCE ESTA HONRANDO A DEUS OU A IGREJA OS PASTORES VOCE DEVOLVE AQUILO QUE NAO TE PERTENCE OU SEJA OS 10 POR CENTO O QUE ESTÃO FAZENDO OU DEUXANDO DE FAZ OS PASTORES PRESTARAM CONTAS COM DEUS .DE DEUS NAO SE BRINCA AMEM ....

Anônimo disse...

A Paz meus irmãos.Gostei muito do texto. Parabéns querido irei falar sobre seu texto, lógico que informando a fonte.Obrigado.
Gilberto Jr.

Pr Valentim disse...

O que me inoja e ver a forma com que exigem os dizimos sob pena de não pregar, não poder fazer oração ou ministrar louvor ou seja, os dizimos estão acima da unção do cristão sendo base até para ser desungido se é que isso existe,as cartas de recomendação fazem alusão expressa ao que é dizimista, fazendo-o melhor que outros,
Me apontem um unico versiculo depois de atos dois dirigido para a igreja e me tornarei dizimista, enquanto isso ajudo na manutenção do servo de Deus e da congregação local conforme as minhas condições.
E a vida segue

Ivani Medina disse...

http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver

O homem não foi feito para mentir. Daí a invenção do polígrafo. No entanto, quando iniciei a minha pesquisa histórica acerca da origem do cristianismo senti-me profundamente incomodado com a historiografia oficial. Percebi prontamente que essa historiografia está seriamente contaminada pela fé. O acatamento da Bíblia não é científico. Claro que o propósito da nossa cultura era lastrear a fé cristã e fortalecê-la constantemente. Para isso, serviu-se da história como um mero instrumento utilitário de convencimento. Se a Igreja dissesse que preto era branco, todos tinham que acreditar piamente. Especialmente os professores, que eram sustentados por ela. Não havia escola que não fosse cristã.

Não é difícil imaginar o resultado disso séculos a fio. Desse modo, o absurdo passou a se tornar natural, pois a proteção à fé estava acima de tudo. É ai que surge uma questão moral da maior relevância pela sua contradição: a obrigação da academia seria zelar pelo ensino honesto de história [a honestidade é um dos valores basilares do cristianismo] ou dar guarida às necessidades da religião, por mais justificável que isso possa parecer?